Posted on 2 de out. de 2012 · 2 Comments
Um dia desses entrei em um ônibus, e cheio como estava
sentei em uma poltrona com uma pessoa ao lado. Nem me virei pra ver quem era,
mas quando respirei fundo me veio aquele cheiro. O cheiro que eu não sentia com
tal intensidade a mais de 1 ano, mas que eu me lembraria se sentisse de novo
mesmo depois de 10 anos, o seu cheiro.
O impacto de senti-lo depois de tanto tempo me fez prender a respiração, e só
então olhei pra ver quem era. Eu sabia que não era você, mas meus olhos
precisavam ver pra quem sabe assim eu parar de suar frio e minhas pernas
sossegarem. Vi que não era, mas não parou. Senti tudo aquilo de novo, se
fechasse os olhos poderia ver seu rosto com a maior facilidade do mundo.
O vento batia no garoto e o cheiro vinha com toda força sobre mim, o mesmo
cheiro que tinha seu carro quando você chegava pra me buscar pra algum lugar,
cheiro de tranquilidade, de proteção, de clama, de você. Eu teria sentido tudo
isso outra vez, mas então o vento bateu no lado contrário e levou o cheiro pra
longe de mim. Me encontrei presa ao dilema de respirar o mais fundo possível
pra buscar o cheiro de volta, ou de aproveitar que estava longe do efeito dele e
sair daquela poltrona.
Mas então ele voltou, com tal intensidade que tive que olhar novamente pra
confirmar que não era você. Meu coração é teimoso quando se trata de você, ti vê
em todos os rostos, e mesmo assim não se contenta com nenhum. E aquele cheiro
tão perto fez com que você ficasse um pouco perto também. Olhei de novo, o
estranho me fitou confuso, e então percebi que ele podia ser você, já que hoje você
me é tão estranho quanto ele e está tão distante quanto ele estaria assim que
descesse do ônibus.
Mas o seu cheiro continua aqui, assim como seu abraço, sua voz, e ao mesmo
tempo, assim como a ausência de tudo isso. E a saudade..
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Adorei o post! Beijos
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Muito Obrigada, Barbara! Volte sempre pra ler os outros, beijos! :D