São só datas, afinal.


Dia dos namorados chegando..e inuuuuuumeras postagens e comentários de demonstram como tal pessoa gostaria de ter um namorado. Uns alegam frio, sendo que moletom e chocolate quente resolvem isso, pelo menos pra mim. Outros dizem que é carência, mais eu acho realmente que carência muitas vezes é falta da nossa própria companhia.

È claro que uma hora ou outra da vontade de ter alguém com quem dividir noites, e músicas, e comedias românticas, e datas comemorativas.. Mas eu disse uma hora ou outra, quando realmente der vontade. Tem tanta gente por aí confundindo vontade de ter um namorado com medo da própria companhia. Tem tanta gente por aí que não suporta seus próprios pensamentos e ocupam suas vidas com gente que vai passar rápido, fazer confusão e de forma alguma resolver o problema. Eu digo isso com tanta convicção porque já fui assim, já tive tanto medo de ficar sozinha comigo mesma que enchi minha vida de babacas que nunca mereciam ter entrado nela, já estive tão desesperada por alguém que me ocupasse a ponto de eu não me ouvir que vi príncipes em sapos. Puro desespero, puro medo de se enxergar por dentro, de se encontrar.

Mas quando eu deixei de fazer isso e fiz de mim minha maior companhia foi que percebi que não havia companhia melhor. E não, isso não é solidão, é amor próprio. 
Colocar alguém na sua vida só pra não estar sozinho nela é a coisa mais egoísta que se pode fazer. È bom sim ter um namorado, mas isso deve acontecer na hora certa e não uma semana antes do dia dos namorados só por não querer passar a data sozinha. È tudo lindo, romântico e meloso, mas afinal é só uma data. Um dia como outro qualquer que só é diferente dos outros por ter um nome. Ninguém constrói uma maquina do tempo e volta dez anos atrás só pra voltar a infância e assim se adequar melhor ao dia das crianças, constrói? Ninguém se casa com qualquer louco que encontra na rua só pra comemorar o mês das noivas, se casa? Ninguém se muda para uma oca e passa a andar nú só pra ser alguém comemorando o dia do índio, se muda? 

Uma hora acontece, e aí vai ser amor de verdade, sem turbulências, sem declarações melosas no facebook que dizem coisas que você não sente só pra mostrar a pessoas que, diga-se de passagem, não se importam que você tem um namorado no dia dos namorados. Quando acontecer não vai fazer diferença que dia é, você vai ter o que comemorar da mesma forma, porque coisas de verdade são comemoradas todos os minutos, não em apenas um dia.

Contos de Fadas mal interpretado




Alguém já parou pra pensar que durante toda sua vida pensou que uma coisa era de um jeito e no final ela não era NADA daquilo? Tipo pensar que a moral dos contos de fada era o príncipe encantado no final e ai não ser. Eu esperava demais por um príncipe, um cavalo branco e um sorriso bonito. Eram, na minha cabeça, os requisitos básicos pra um conto de fadas. Precisei ver vários príncipes virarem sapos, com uma facilidade imensa e sem beijo de transformação, pra perceber que no final não eram eles que faziam o meu conto de fadas. A vida é um conto de fadas em cada minuto, a gente só vive interpretando tudo errado.

Como a Branca de Neve, ela não teria vivido pra encontrar o príncipe no final se lá no começo da historia os sete anões não a tivessem acolhido na casa deles. O príncipe apareceu só no final, fez uma cena de 5 minutos e levou todo o credito. Não. Pra mim o crédito é dos anões, que correram riscos e ficaram do lado dela o tempo todo. Exatamente como nossos amigos fazem.

E a Cinderela, que se não tivesse encontrado a fada madrinha nunca teria ido ao baile, e de novo, nunca encontrado o príncipe. A propósito, príncipe que ficou sumido uma parte da historia, nos deixou ansiosas pra saber se no fim ele encontraria ela ou não. A fada madrinha não, apareceu quando ela precisou,  a fez se sentir bonita e deu a ela a melhor festa da sua vida. Exatamente como sua/seu  melhor amiga (o) fez por você varias vezes e você nunca percebeu. E além da fada madrinha, também tem o lance de que um sapato novo podo mudar completamente o seu momento.

 Ou como a Bela, que se não fosse o amor imenso pelo pai nunca teria chegado ao castelo da Fera. Ou a Ariel, que se não tivesse o Linguado e o Sebastião, que eram parceiros em todos os momentos, nuca teria ido até a superfície, e assim nunca conheceria o príncipe.

 A gente passa a maior parte da vida esperando um príncipe em um cavalo branco pro nosso conto de fadas fazer sentido. Mas no fim ele é só um detalhe, não o protagonista, a princesa é a protagonista. O conto de fadas pode acontecer sem o príncipe, mas de jeito nenhum sem a princesa. No fim não importa a hora que o príncipe chega, até ele chegar (e depois disso) você ainda vai ter sete anões, fadas madrinha, pais incríveis que merecem todo o amor do mundo e ainda amigos que vão estar do seu lado sempre, independente do risco, sempre dispostos a uma nova aventura.

Bebidas, paixões e amores.



Eu sempre entendi a diferença entre amor e paixão. Todo mundo sabe a diferença, só que eu acho que nossa essência, a forma como vemos as coisas adiciona adendos a forma como cada um encara essa diferença.
No fim uma coisa que todo mundo sabe do mesmo jeito se torna diferente pra cada um.

Mentira, nem sempre eu soube a diferença. Aprendi com uns 12 anos, primeiros “paqueras” e alguns filmes de comédia romântica. Sabia, mas não sabia explicar. Talvez agora eu tenha aprendido.
Passei a encarar amor e paixão como dois tipos de porres diferentes.

O amor como aquele tipo que você sai pra balada jurando que não vai tomar muitos drinks ou as vezes se prometendo que naquela noite vai se esbaldar.
Então vem o primeiro estágio do porre, alegria excessiva, animação, como se só aquele momento existisse e as conseqüências dele no dia seguinte fossem insignificantes.
No próximo estágio você passa a não ter total consciência das coisas,sabe que ta ficando perigoso,  mais ah, já começou mesmo, melhor seguir adiante.
No próximo te tiram a bebida e as náuseas e tonturas causadas por ela começam.
A noite acaba, a bebida também. Mas as conseqüências não. Você precisa de ajuda pra achar o caminho de casa. E no outro dia acorda de ressaca. Alguns prometem não fazer nunca mais, outros erradamente tomam outro porre daqueles, com a certeza de que a melhor cura pra uma ressaca é um próximo porre.
Se esquecem que o corpo precisa de descanso pra se recompor.
Um porre pra curar a ressaca do porre anterior. Como um novo amor pra curar as feridas do último.

A Paixão não. Ela é aquele porre que você sai pra se divertir. Bebe um pouco e quando já esta feliz o suficiente...livre o suficiente, para. Curti o efeito até quando durar, e depois vai embora tranqüila, sabendo o caminho de casa. Sem ter a necessidade de um ombro pra te guiar, no máximo uma companhia pra ir com você pelo caminho de casa comentando o quanto foi divertido. E só. Sem ressaca, dor de cabeça ou arrependimento no outro dia. Sem a impressão de que a noite foi desperdiçada.
Com a certeza de que foi bom o suficiente pra se repetir dali um tempo.

Você entende? Sem corações partidos, sem tempo perdido, sem dor.

Pra se sentir em casa..





"Pubs são lugares muito comuns em países britânicos. A fama dos pubs vem do fato de serem diferentes dos demais bares, isso pela sua característica marcante de se "identificar" com os frequentadores. Cada pub tem a cara de quem o frequenta ou talvez cada frequentador tenha o Pub que seja sua cara, independente disso, pubs são feito pra issos, uma forma dos londrinos de fugirem de casa que os faça se sentir em casa."


Daí o nome Pub. Não é um blog que vai falar de moda, ou de amor, ou da falta de amor. Não falará de nada, exatamente por falar de tudo. Espero que gostem, beijos.

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